manhãs claras
vento frio
abstração e silêncio
no mar
que não bate em rochas
manhãs ventos frios silêncio
sementes
eram o princípio e eram tudo
interpelava o futuro
eram o princípio e eram tudo
interpelava o futuro
na brisa intangível
***
não vês como a vida é larga
e o presente embalsamado
a sonegar o passado?
não vês a distância próxima
e o mar de cristas embranquecidas?
Não vês?
aspirava à primavera em setembro
o tempo de meu tempo
aspirava à vida nova e ao sol quente
o claro tom em sais
não vês como a vida é larga
e o presente embalsamado
a sonegar o passado?
não vês a distância próxima
e o mar de cristas embranquecidas?
Não vês?
aspirava à primavera em setembro
o tempo de meu tempo
aspirava à vida nova e ao sol quente
o claro tom em sais
do presente no futuro
sonho?
não sabes que a ventura é arte?
que a vida é aventura?
vivê-la arte?
Roma/Rio, fevereiro/junho de 2003/2009
sonho?
não sabes que a ventura é arte?
que a vida é aventura?
vivê-la arte?
Roma/Rio, fevereiro/junho de 2003/2009