"Porém, pera cantar de vosso gesto a composição alta e milagrosa, aqui falta saber, engenho e arte." Luís de Camões ... assim encontrareis aqui palavras magoadas a tornar o fogo frio e dar descanso a minha alma condenada ...
sábado, 24 de maio de 2008
CHOPIN
o noturno afaga a ilusão do sonho ido
persegue meus segredos
em si maior
notas perdidas enternecem meus ouvidos
em processional grandeza a música é chama
Roma, fevereiro de 2003/revisto em Londres, maio de 2008.
ALEGORIA
[en una aburrida sesión del Codex Alimentarius]
palabras rituales
el alegorico vence el sueño
y tu entre palomas blancas
llegaste como mancha entre papeles amarillos
tu traje era una flor marina
sobre la polución de mis deseos encubiertos
y tu eras mi primer amanecer…
Roma, julio de 2003
LUA
há um lugar no cair da noite quando a lua
me traz a voz calma
do mistério
tudo começa às seis horas do entardecer
a cirandar seus cantos
menina dá-me uma rosa
rosa faze o botão…
à sombra do dia vem o luar
rente ao chão
menina dá-me uma rosa
rosa faze o botão…
à sombra do dia vem o luar
rente ao chão
onde o sol fora a razão
*
[tom distante
de um mozart hesitante]
espalhados
a calçada de buracos os brinquedos quebrados
de tanto rodar [cansado] o pião
e a tarde
pressentindo gerânios
camélias
as flores amarelas da imaginação
sobre o muro
o girar dos girassóis
este poema é saudade
de tanto rodar [cansado] o pião
e a tarde
pressentindo gerânios
camélias
as flores amarelas da imaginação
sobre o muro
o girar dos girassóis
este poema é saudade
no mistério do entardecer
como a lua cada dia
eterna em seu flutuar
Roma, 28 de janeiro de 2006/revisto em Londres em maio de 2008.
eterna em seu flutuar
Roma, 28 de janeiro de 2006/revisto em Londres em maio de 2008.
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