terça-feira, 25 de outubro de 2016

BROA (uma tradução)





o inexorável tempo não nos separa
a vastidão das distâncias ao contrário nos une

na imobilidade infinita
desta pedra
que nós nos somos

(eu mesmo, em "Familia" )
não
nada do acaso
a nossa vinda a Broa é testemunha
de uma viagem que não terminou
mas um cenário vigoroso construído por nós
para reviver nossa história
criação de nossos antepassados
presentes
e fizemos dias de lembrança
na trilha de um caminho a seu convite
para um invisível abraço
nunca uma ilusão

não canto sem razão
essa fábula é nossa história
um pressentimento de todos
que ouviram nossas lendas
no gotejar do tempo

não sabemos o que o futuro nos reserva
ao coração e ao mundo
todavia conservamos um sentimento
memória do sol que nos aquece
não em sonhos imersos
mas no caminho real de cada vida

essa Luz haverá de nos conduzir

"aonde murmure eterna a água da juventude
[...] mas uma coisa nos afiance,
pai, e será: que um pouco do teu dom
seja, e para sempre, repassado às sílabas
que em nós, abelhas zumbindo, levamos.
Longe iremos e levaremos um eco da tua voz,
assim como se recorda do sol a erva sem cor...”
[Ossos de Sepia - Eugenio Montale]

BROA (uma tradução)





o inexorável tempo não nos separa
a vastidão das distâncias ao contrário nos une

na imobilidade infinita
desta pedra
que nós nos somos

(eu mesmo, em "Familia" )
não
nada do acaso
a nossa vinda a Broa é testemunha
de uma viagem que não terminou
mas um cenário vigoroso construído por nós
para reviver nossa história
criação de nossos antepassados
presentes
e fizemos dias de lembrança
na trilha de um caminho a seu convite
para um invisível abraço
nunca uma ilusão

não canto sem razão
essa fábula é nossa história
um pressentimento de todos
que ouviram nossas lendas
no gotejar do tempo

não sabemos o que o futuro nos reserva
ao coração e ao mundo
todavia conservamos um sentimento
memória do sol que nos aquece
não em sonhos imersos
mas no caminho real de cada vida

essa Luz haverá de nos conduzir

"aonde murmure eterna a água da juventude
[...] mas uma coisa nos afiance,
pai, e será: que um pouco do teu dom
seja, e para sempre, repassado às sílabas
que em nós, abelhas zumbindo, levamos.
Longe iremos e levaremos um eco da tua voz,
assim como se recorda do sol a erva sem cor...”
[Ossos de Sepia - Eugenio Montale]