terça-feira, 27 de setembro de 2011

VAGA VIDA





perguntas sem respostas
perplexidade são 
complexas
simples em garrafas
tontas em ondas do mar


frio nem parece coração
refrigerado no "freezer"
da alma encarcerada
noite e dia apaixonada
sem objeto ou razão


feliz quem sorri
não por alegria
mas por nostalgia
de um tempo bom
que passou


primavera primavera
tenho por timidez
de descrever no outono
frutos descaídos
breve duros 
que gelados ficarão


a primavera passou
mas amar é destino
consciência desatino
no outono
de confiar em ninguém


assim de perguntas sem respostas
vive o amor no temor de ser flor
sem perfume
da primavera que longe ficou


vaga vida 
fria já quase muda
no "freezer" de meus poemas
que sem começo
não têm mais fim


Rio, setembro de 2011.