quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

TEMPO





a 2016


um ano um dia um tempo derradeiro
serenamente cura a idolatria
da indeseável hora 
segue 
feliz quem viveu intensamente
em passos o amor os filhos
netos
pouco menos que o futuro
foi o instante
alheio ao oco
pleno ecoa

em que penso a ideia foge
e setenta e cinco vezes soa

Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 2015





sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

POEMA A QUATRO MÃOS



para minha neta Ana Luiza, co-autora


ouço vozes como cantos 
de crianças sorrisos
aqui onde estou
sonhando
com o inicio do mundo
são meus netos
minha vida

ouço como fossem flores
e seus perfumes 
que me acordassem
todas as lembranças
da vida que vivi 
e tudo existe porque existo
netos porque sentimos
e isso é tudo
porque tudo é isso

Rio, dezembro de 2015