domingo, 13 de setembro de 2009

MIYUKO HATOYAMA






há sóis como o poema
prismas na projeção do infinito

há sóis onde a alegria se aquece
como amor em dois minutos
[e nunca é muito]

há sóis que o calor não conhecem
sóis circulares
que o silêncio emudecem

sóis há
sóis para secar a roupa em varais
em tão distantes quintais

sóis da velhice sóis da infância
sóis infinitezimais
sóis da alegria e do amor
sóis do silêncio
sóis que sempre foram sal
sal do alimento



Rio de Janeiro, setembro de 2009.