escrever não é menos nem mais
a idéia a frase o jogo de palavras
afogados na vil escravidão
de ereções em orgasmos de pura masturbação
poetas sobrevivem a maus poemas
mas pagarão suas penas
exaustos de escrever sem forma e sem razão
linguagem de falsa sofisticação
leio releio para entender o meio
onde proliferam
filósofos lingüistas
meros legistas descrentes
crentes
que poesia é sopro de inspiração
em versos sem lipoaspiração
tudo se perde em furiosa ventania
de idéias curiosas em formas já batidas
miragens
de alguns em falsa altaneria
suplicantes de cultura
são pedantes
pura água na fervura
tudo se copia
sem culpa que nada se recria
Rio, junho de 2010