sexta-feira, 4 de junho de 2010

MARCAS DA FANTASIA








escrever não é menos nem mais
a idéia a frase o jogo de palavras
afogados na vil escravidão
de ereções em orgasmos de pura masturbação

poetas sobrevivem a maus poemas
mas pagarão suas penas
exaustos de escrever sem forma e sem razão
linguagem de falsa sofisticação

leio releio para entender o meio
onde proliferam
filósofos lingüistas
meros legistas descrentes
crentes
que poesia é sopro de inspiração
em versos sem lipoaspiração

tudo se perde em furiosa ventania
de idéias curiosas em formas já batidas
miragens
de alguns em falsa altaneria
suplicantes de cultura
são pedantes
pura água na fervura

tudo se copia
sem culpa que nada se recria

Rio, junho de 2010




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