[para as reflexões de Nydia Bonetti]
inseguro escrevo versos
prisioneiros de si mesmos
de que servem se não dizem
de que vivem se não sonham
de que estranha matéria sobrevivem
neste mundo que anoitece?
para nada para nada
deixo-os sucumbir ao tempo
perdem-se no espaço e no esquecimento
e aqui escrevo nem a razão
mas eu e minhas lembranças
como se fossem quem sou
Rio, maio de 2010