não quero outro amor nenhum desejo
de outro que já tenho
o temível amor de muitas curas
comigo neste amor de lágrimas e pejo
não não quero nem aquele
que se diz em nome tão contente
para derrota final como impotente
rompendo a natureza em curso irreverente
assim é assim foi assim será
o vício que no mundo se castiga
duramente no opróbio sem repouso
quero o amor difícil e poderoso
aquele que sutil já me fustiga
e diz seguro sou eu quem amarás
Rio, agosto de 2010