terça-feira, 2 de junho de 2009

SILÊNCIO




no passado não há futuro
e o presente já se vai
escondo meu silêncio no erro
transitoriamente
ah um dia será noite
ouvirei
um adejar de asas e um rumor
de partir o coração
na alma que se despede
do presente sem futuro
solene a negar o tempo
e meu silêncio...

Rio, junho de 2009



ETERNAMENTE JÁ





é meu tempo de memória
de emoção e sentimento
a gozar a vida hoje
que não será eternamente

viro a página e mordo os lábios
engulo em seco
e deixo acontecer
a eternidade no momento

Rio, junho de 2009.