segunda-feira, 3 de maio de 2010

DE UMA FOTO DE MARTA VAZ







do barco de nada ir

navega o dever de navegar

do ramo seco de sentir

eclode verde o viver


azul que te quero mar

claro azul de amar

no ramo seco o barco

o verde e a vida

percebida



Sao Paulo, maio de 2010






EU E O POEMA







colho o poema nos escolhos de mim mesmo
sobrevivendo o tempo
redefinindo a vida

vive o poema da certeza de mim mesmo
de que estou e nao passei

o poema sou eu mesmo
que a mim tive
para sentir

o poema sera eternidade no sempre
que me sente o que sou
e a consciencia de mim mesmo

o poema sera outro
se sentido por outro que o busque
e o ache nos escolhos de si mesmo

o poema sera outro
na leitura do futuro

o poema sao palavras
e o sentido de quem le


Rio, maio de 2010



VIDA







viceja sobre a pedra
qual verde que a rompe
o sentido de quem passou no tempo



Rio, abril de 2010




BURACO NEGRO







buraco negro da eternidade
o tempo futuro
nao conta idade


Rio, abril de 2010