sábado, 4 de abril de 2015

DESCONSERTO




se escuto nenhuma voz
ouço o tempo
uma revolta que reaparece
e a voz que transmite
o que há muito fenesce

não há mágoa 
mas saudade do sonho 
e da água que passa 

tenho na memória lembrança
todas elas de esperança
tudo velado tudo acabado
passado o tempo de criança

do tempo que se foi
resta a riqueza do que será
esqueço tudo pois
para esperar amanhã

Rio, abril de 2015