domingo, 14 de abril de 2013

DESVARIO


isso de ser poeta é ser vario
um pouco como não ser eu
há um que me instiga
outro que me castiga
para refluir já diverso
nesse vai-e-vem inconcluso
na composição de meu verso
o real é insincero 
o sonho louco desvario
nele não sou alegre 
nem triste sou 
hesitante
entre a eternidade e o instante
entre a terra e o céu

canto o que não sinto

caótico disperso
inconscientemente minto 
em frases de efeito certo
palavras que não têm nexo


Rio, abril de 2013.