sexta-feira, 14 de março de 2014

DE MINHA JANELA

da janela vejo o mar aberto
e um ângulo de praia
ilhas ao largo 
amarras
que dão vida à eternidade

faz sol (quase o tempo todo)
e tempestades no verão

sopra a brisa sudoeste
úmida a areia nova
penso em ti tal como Caieiro

tu me trouxeste a natureza
e a beleza

dias e noites costuram-me à vida
alegrias e tristezas
só minhas por amor talvez platônico

e tu oh sol
aquece a dor e o prazer
para alongar sob o céu azul
padrões de minha solidão

não troco minha Ipanema por nada
traz-me paz e garante o desejado fazer nada
desfila ali a meninada
sarada

que mais desejar na vida longa
o "brouhahá" alegre da praia
a noite calma
e o silêncio do ir e vir suave 
do mar a derramar-se 

Rio, março de 2014.

VELEIRO


quero um veleiro para navegar o vento

e velas brancas para alçar meu vôo

levo a memória comigo do azul em branco

nuvens  flutuantes sobre gaivotas

nada terei em mãos

exceto a prece de alguém sonhando
com mar e céu descrevendo a vida

Rio 14 de março de 2014.