[da leitura dos jornais de hoje]
bem...um ser humano é um ser humano
dele não me aparto
sou um
até não nego
mas se não me aproximo
nada quero negar
desumano
incauto ego
fujo só do destino
que me entregou seres humanos
desprezíveis
conhecidos
eleitos
diplomados
mal amados
e por tanto tempo fui cego
instrumento de uma República ideal
exposta às sanhas
e corroída nas entranhas
hoje o desengano
[esperanças e ambições?]
mas guardei princípios
no meu barco abandonado
triste tudo
presos que somos da inércia
angustiados cidadãos
de nenhuma ação
triste país
acorda!
Rio, janeiro de 2010 [ano eleitoral]