quarta-feira, 1 de outubro de 2008

PASSAGEIRO


PASSAGEIRO


Não sou eterno
o que há é o mundo
de que sou passageiro
nem a verdade me toca
nem a mentira me esgota
naquela disponho
nesta suponho
e estou só com meu corpo
como um poema
condenado ao passado.

Quem me condena?
Os inteligentes ou os bem lidos?
Sou o que sou e não passo
de passageiro no mundo.

Londres, outubro de 2008.