não quero a noite ainda nem o silêncio dela
quero o dia claro e o calor do sol
o ruído das ruas
o alarido das gentes
o vento fresco e a sonoridade da vida
só comigo ainda estou completo pela memória
que aflora das profundezas de mim
esperto
para acender o coração
no tempo que me resta
pouco ou muito pouco importa
nenhum gesto é vão
Rio, novembro de 2010