de baixo para cima eu vejo você
eu vejo você em mim
nós que nos entendemos
e vivemos um amor sem fim
poema de amor é pouco natural
em idade artificial
velho não sabe amar
só sabe sobreviver
o exercício de escrever
disputa com o fim do viver
lembranças memórias
ajudam a vida caduca
recordar antigas glórias
palavra que reeduca
Rio de Janeiro, 17 de setembro de 2022