sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

DESPERTAR






...o amor não revelado
como toda realidade é mero sonho
enclausurado

desejar e não viver é esquecer
os beijos que não dei
no tempo que passou
e não vivi

regresso agora a ti
para saber
porque ignoras essa inquieta sensação
que tenho da presença
que me negas fria e cegamente?

em tuas formas de fugir
mergulhas no silêncio
como pedra fosses
e teimosamente resistes ao sonho de sonhar

vives presa de teus mínimos sentidos
ironia resistência repetida
orgulho e insolência
no teu receio da vida que virá

há vida humana mil vozes
no mundo além de ti
onde brilha o mesmo sol que te aquece

acorda é tempo
de tornar flor o que ainda tens semente!

Rio, fevereiro de 2011




DEGREDO











o silêncio é da pedra
degredo
de nada sentir



Rio, fevereiro de 2011