a um jovem amigo
uma chave é o passaporte
entre a rua e o aconchego
de tua casa
em pouco tempo
teu calor aquecerá
a matéria de teus sonhos
do que foi pedra aflorou
o macio fluir doce da água
que hoje é natureza revelada
sou testemunha dessa caminhada
do quase zero a pontos no infinito
creio ter sido o tempo
o tempo foi quem abriu a porta às evidências
onde havia desejo e frustração
havia a base da relação matemática
entre o engano e o desengano
que se excluem no erro
para explodir
e recriar um novo ser
teu juízo teu sorriso
muita luz
a verdade e a razão
faz sol é novo o dia
toma a chave do futuro em tuas mãos
é tempo de cantar tua canção
Rio, março de 2012.