segunda-feira, 24 de outubro de 2016

BROA

                                                                                       


o inexorável tempo não nos separa
a vastidão das distâncias ao contrário nos une
na imobilidade infinita
desta pedra
que nós nos somos

(eu mesmo, em "Familia" )



não
nada do acaso
a nossa vinda a Broa é testimonianza
di un viaggio chi non é finito
ma un scenario vigoroso fatto da noi
per far vivere ancora nostra storia
creazione da nostri antenati
presenti 
e fizemos dias de lembrança
na trilha d'un sentiero con loro invito
a un invisibili abbraccio
nunca uma ilusão

não canto sem razão
essa fábula é nossa história 
um pressentimento de todos
que ouviram nossas lendas
no gotejar do tempo 

não sabemos o que o futuro nos reserva
ao coração e ao mundo
tuttavia conservamos um sentimento
memória do sol que nos aquece
não em sonhos imersos
mas no caminho real de cada vida 

essa Luz haverá de nos conduzir 

"dove mormore eterna l'acqua di giovinezza
[...] pur di una cosa ci affide, 
padre, e questa è: che un poco del tuo dono
sia passato per sempre nelle sillabe
che rechiamo con noi, api ronzanti.
Lontani andremo e serberemo un'eco
della tua voce, come si ricorda
del sole l'erba grigia..."

[Ossi di Seppia - Eugenio Montale]


Rio, 24 de outubro de 2016

[www.poemasinconjuntos.com.br]