ah o amor
quimera que não se apaga
indelével crime de quem vive
o amor nos esgana
sufoca a verdade
é navegante em recorrente desengano
ah amor
sonho que desvela o paraíso
atual e incerto em seus desvãos
viver é a certeza desse amor
volúvel entre cinza e branco
ligeiro e descontente com a morte
Rio, novembro de 2013