segunda-feira, 19 de maio de 2008

A VOZ DO PAI


de um soneto de Borges

o tempo no passado está presente
como a chuva que é passado quando cai

e cria em seu compasso
nascer e renascer
viver e reviver

assim ouço irrepetível a voz do pai
que sempre esteve e permanece como pedra
em verso incertamente
pedra sobre pedra
na alma na memória na vontade
e em nosso pensamento
certamente

Londres, maio de 2008