quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

NADA

 


sou um
apenas um que se confunde
no exercício de viver
se penso em quem sou
exceto o sonho
sinto um vento frio
que me abandona no seu passar veloz
e leva consigo o presente a memória e nada deixa
senão um futuro incerto
onde talvez não me encontrarei
por onde passei fiquei
mas nenhum rastro deixei
senão aquele instante esquecido
que nada distingue
e cessou

Rio de Janeiro, janeiro de 2024.