sábado, 20 de julho de 2013

NOITE E DIA




o tempo estilhaça o fim da tarde 


a noite ávida devora

um céu que não resiste
sangrento mudo deprimido
e morre o dia 

constelações em pranto
choram noturnas o tempo humano que reluta

soa distante réquiem 

solene sentimento que celebra a morte 
mas anuncia
mis-te-rio-sa-men-te
um vago sopro de futuro

a chama resistente ainda acesa

transforma em suave melodia
a manhã que incendeia
e nasce o dia



Rio, julho de 2013