o tempo estilhaça o fim da tarde
a noite ávida devora
um céu que não resiste
sangrento mudo deprimido
e morre o dia
constelações em pranto
choram noturnas o tempo humano que reluta
soa distante réquiem
solene sentimento que celebra a morte
mas anuncia
mis-te-rio-sa-men-te
um vago sopro de futuro
a chama resistente ainda acesa
transforma em suave melodia
a manhã que incendeia
e nasce o dia
Rio, julho de 2013