quarta-feira, 28 de maio de 2008

ACHADOS E PERDIDOS




Estava eu em meio de achados
impacientes por não serem encontrados
entre perdidos mal-amados
não atinei por acaso procurando-me
a ilusão nem mesmo encontrei
o outro que era eu no achado que perdi.



NYC, junho de 2002

FANTASIA




A fantasia está dentro de nós
não é a alma mas nos dá vida.


Roma, janeiro de 2004.

SONHOS

.

Os sonhos são a realidade querida.

Roma, janeiro de 2004.

VIDA


a vida é o que sou desde que nasci
sei dela porque existe em mim.


Roma, janeiro de 2004.

GOTA



A memória de ilusões evaporadas
é palavra ultrapassada
em seca lágrima.
Au delà des mots
sou a última gota sem pena.



NYC/Roma, julho de 2001/setembro de 2003.

ALMA ERRANTE




Minh’alma errante erradamente erra
em mil espaços e não tem lugar
ilude-se em seus vôos longos
com o simples brilho de onde existe ar.
Sua ida-e-vinda não me faz um outro
sou o mesmo sempre a sonhar
sou aquele que da metafísica
fez romance tolo e desejou amar.
Quem sabe um dia cansada de voar
pouse e descanse sem depender do outro
que não a quis e se perdeu no olhar.


Roma, outubro de 2003.

DESAPRENDENDO



Teimo em ficar
onde não quis estar,
não pude ir.



NYC, maio de 2001.