"...não te posso obrigar a amar" [1]
essa é a idéia isso é o que sinto
o que penso e não minto
não me agrada quando o silêncio
de tua voz ensurdece
e não tenho conclusão
sobre se choro ou se finjo
que me falta o coração
"no me gusta cuando callas" [2]
depois que passas e não me vês
calo-me no desprezo
que de mim tem teu desamor
ser ou não ser já não me importa
se o que tenho é indiferença
se o que resta é a própria dor
Rio, junho de 2011.
[1] Fernando Pessoa
[2] Pablo Neruda