domingo, 10 de janeiro de 2016

DAS ONDAS DO MAR



da janela o mar 
diferente
que flui em ondas viris 
encalpeladas no ar

os tempos ligeiros 
não lembram ondas passadas
cinzentas grisalhas esparramadas 
razas tardias
na areia da praia amansadas

nem erro nem solução 
o que já foi passou
águas paradas no acaso 
jazem perdidas  
liminarmente vencidas

não há vida nem sopro de brisa
paradas quedaram 
paradas ficaram
para sempre esquecidas

a lembrança é brisa 
vestígio apenas
da memória perdida
melancólica
assim esquecida

Rio de Janeiro, janeiro de 2016.