sábado, 10 de março de 2012

O SEGREDO



na planície estatelada serpenteia o rio / em curvas sinuosas envelhecido / à beira das águas espraiadas /  em busca da razão / na paisagem larga pergunto quem o viu / impetuoso lento impreciso / derramando águas desalmadas / silenciado o coração / quem teria a senha do sentido / da força de viver / deitado agora envilecido / a resposta  talvez fosse ser / o segredo incompreendido / que jamais pode dizer // 


Rio, março de 2012.



CANTADA





amar o outro parece dança / um e um compondo dois / no movimento a um só ritmo / para tornar-se hormônios depois / amar é paz / quando não há ninguém / e dançar nos traz / tudo que a vida tem / a três por dois um beijo / um beijo antes e depois / tudo energia / essa dança ritmada / é movimento / um momento da cantada // 




Rio, março de 2012.




SÓ?



o mar diante de mim
montanhas atrás
entre a terra o céu 
estou eu


Rio, março de 2012.