quarta-feira, 28 de setembro de 2016

INDAGAÇÃO





que seria se nos olhássemos 
no espelho azul translúcido
sobre pedras imóveis 
que aparentemente se movem
ao ilusório sabor do ritmo da água
inconstante efêmero circular
de folhas que decaem
e flocos de nuvens que distorcem
o branco dos céus
apenas ondulando minha imobilidade
que o vento sopra para o sem fim

Rio, setembro de 2016