terça-feira, 31 de maio de 2011

MUCH ADO ABOUT NOTHING...





é morte em vida o amor pleno de doçura  
cheio de amargor
nesse tu e eu sem qualquer memória
a romper o fio
desse ribeiro tenro que se torna rio
e inventar a dor


bate a água clara em recantos duros
nesse navegar de encantos quase todos puros
a perder sentido ímpeto e história
onde urgente é permanecer 


mas da abstrata dor sei fazer prazer
e o amor cantar onde não é simples ser
só 
quando te ausentas
e a doçura de teus olhos já não me sustenta


doce e rude levarei sem ti o toque da lembrança
da claridade em obscura sombra
no que vazio estou cheio de esperança ...


Rio, maio de 2011.





A NATUREZA DO AMOR





tenho medo do ruído do nada
silêncio sem aparente saída

o presente é a verdade
da estrela que mais além brilha



o presente é a natureza do amor
que é toda esta canção 



futuro buscado dentro de ti
no sentimento do tempo

essa música não cessa
e não se inspira no engano 

do sentimento perdido 
no mal amado passado 


Rio, maio de 2011