quarta-feira, 30 de julho de 2014

EU COMIGO



fechado a sete chaves pensando de mim para comigo

vivo...

entre os que choram há cantos
entre os que cantam tristezas 
alegrias do poder sentir e amar 
o que os deuses deram
à minha estreita faixa de visão

são vozes que me chamam
mas é tão pouco...

anos que não pedi sobrevivem aos que desejei
a que foi mesclada a fantasia do que não vivi
e o coração que sobrepuja a razão escuta e sofre
da alegria de estar aqui

ainda...

esse é meu pátio de milagres
a que olho com olhos razos
feitos puros da beleza 
do que vejo

há vida... 

tão breve o tempo
tão não sentido
o que resta é quase hoje 
nada...

Rio, julho de 2014

sábado, 26 de julho de 2014

SEM MAIS




nunca maior nem menor 
o homem sobrevive mal a seus desatinos
competindo com os deuses
mata-se cumprindo seu destino

um após outro anos após anos
não lhe bastam os males corporais
insistem conscientes
em seus males morais

pouco importa o outro homem
mulheres ou crianças pouco importam também
na diversidade todos iguais 

a ressaca arde ao fogo do ódio
sobrepõe-se à Paz implorada
matam-se sem mais 

Rio, julho de 2014.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

TANTA VIDA (complemento)


[complemento de um poemeto de janeiro de 2010
 - "TANTA VIDA"]





...tanta vida fugindo de meus olhos
tantos olhos postos em mim
nem tantos olhos nem tanta vida
contam o que sei assim


Rio, julho de 2014.


domingo, 6 de julho de 2014

SAUDADE



o tempo circunstancia
o espaço distancia 
a saudade que é sombra da verdade que se fez

a realidade segue o real que a imaginação tangencia
no coração os deuses continuam presentes
na expiação do pecado
capital 
de não haver juntado espaço e tempo

sofre ao Sol perde a Lua
idólatra do passsado
a saudade só

é presente sem futuro
múltiplo de si mesmo


Rio, 06 de julho de 2014