palavras tocadas pelo vento perdem-se
como desejos que beijam lábios
e se calam
vento que me arrebata
sopra as folhas fúteis da ilusão
e seca lágrimas
enganadas
enganadas
desejo
apaga a luz da fúria vã
não é fácil amarapaga a luz da fúria vã
lábios úmidos
junto a tua boca
junto a tua boca
já sem palavras
falam
e o poema como quem teima
canta
Rio, junho de 2011