sábado, 3 de agosto de 2013

AUSÊNCIA


a noite desiluminou a lua
da janela o mar rola suas águas
em ondas intuídas sentidas
deste lado jaz o silêncio  
enquanto a memória busca ideias 
que se esvaem no tempo
inconsequentes

é noite surda sem presenças

Rio, agosto de 2013




VERSOS


versos nunca são meus

palavras estranhas a minhas mãos
surgem ressurgem uma outra mais outra
sob meus dedos
perdidas sobre um papel 
qualquer

Rio, agosto de 2013



PALAVRA



no papel a palavra trespassa
o eu que escrevo

inércia sem ritmo ou sonoridade
na vastidão infinita dos sentidos

impulsos sobreviventes 
onde me afogo 

Rio, agosto de 2013