da janela vejo o mar aberto
e um ângulo de praia
ilhas ao largo
amarras
que dão vida à eternidade
faz sol (quase o tempo todo)
e tempestades no verão
sopra a brisa sudoeste
úmida a areia nova
penso em ti tal como Caieiro
tu me trouxeste a natureza
e a beleza
dias e noites costuram-me à vida
alegrias e tristezas
só minhas por amor talvez platônico
e tu oh sol
aquece a dor e o prazer
para alongar sob o céu azul
padrões de minha solidão
não troco minha Ipanema por nada
traz-me paz e garante o desejado fazer nada
desfila ali a meninada
sarada
que mais desejar na vida longa
o "brouhahá" alegre da praia
a noite calma
e o silêncio do ir e vir suave
do mar a derramar-se
Rio, março de 2014.
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