domingo, 8 de agosto de 2010

SONETO DO AMOR QUE SE DESEJA







não quero outro amor nenhum desejo
de outro que já tenho
o temível amor de muitas curas
comigo neste amor de lágrimas e pejo

não não quero nem aquele
que se diz em nome tão contente
para derrota final como impotente
rompendo a natureza em curso irreverente

assim é assim foi assim será
o vício que no mundo se castiga
duramente no opróbio sem repouso

quero o amor difícil e poderoso
aquele que sutil já me fustiga
e diz seguro sou eu quem amarás

Rio, agosto de 2010




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