domingo, 18 de maio de 2008

FERNANDO PESSOA



não ha quem não se debruce à janela para admirar os últimos raios do sol
já vermelhos contra o jogo de sombra e luz que reaparecerá em sonho
atravessado pelo segredo deste verso
não ha barreiras nem da ilusão a perturbar-me o olhar
o corpo regressa embebido de vida ao ofício do mundo
consciente de Ser no universo.

Londres metafísica, maio de 2008.

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