segunda-feira, 5 de maio de 2008

A MEDIDA DO TEMPO [1]


recordo o tempo
segundos na soma do que sou
e acabou

obscuro
navego o futuro
sem jamais o ter presente

tenho alma para que não fuja
e suspirosa continue

calma
por uns tempos

do tempo de antigamente
recordo a juventude
derrotada

coisa de poeta
no estio desejando seca
para virar semente

Londres, outubro de 2007/março de 2008

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