sexta-feira, 6 de junho de 2008

SUDOESTE




julho
o verso não ignora o novo ritmo
e o calor que meu país me incorpora


o imaginado passado reabre-se
para contemplar o futuro
sem as fantasias do sonho


como os astros o futuro flutua
em busca da última estrela
olhos no desígnio dos céus


tudo é secreto

felizmente indecifrável
à beira-mar os ventos do sudoeste
que não me levam ao norte

qualquer verdade será falsa
toda história parte da memória
o desejo mero ensejo
do que certamente não farei
por pura falta de tempo...



Londres, junho de 2008.


Nenhum comentário:

Postar um comentário