"Porém, pera cantar de vosso gesto a composição alta e milagrosa, aqui falta saber, engenho e arte." Luís de Camões ... assim encontrareis aqui palavras magoadas a tornar o fogo frio e dar descanso a minha alma condenada ...
terça-feira, 21 de julho de 2009
O MEU ABISMO
[além do real é consciência]
à beira do abismo não o alcanço
fica atrás do vento
profundo na pupila
um grito
eco
desço a pedra em nua solidão
peço tempo
Deus vacila
a luz hesita
vejo outros planos
num bater de asas
a pedra exasperada
é torre de loucura
o tempo transtornado
todas as palavras falam desse abismo
estacionadas no ar
Londres, maio de 2008
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Se há abismos, também há asas. E quando não houver mais asas, haverá o vento, a luz.... e mais. Eu creio nisso, de verdade.
ResponderExcluirabraço
asas
ResponderExcluirque falar desse olhar
por sobre a pedra
luz onde o ar se rarefaz
música
dê meu nome ao vento vivo
que uiva
onde o abismo se desfaz...