como amantes que se beijam
Jorge de Sena contracenou comigo
no mordiscar excitante do poema
excitantes hesitantes
florescem palavras e despertam frases
poesia é como beijo tudo que do lábio se deseja
um improviso no rastro brilhante de seu canto
suspira na memória genética da recriação
são melodias esquecidas
dormentes
que desembarcam dos sonhos
e voltam a cantar
como o beijo
"...é beijo tudo que de lábios seja
quando de lábios se deseja."
Versos finais de "Beijo", em "Tormentas", do poeta que citei.
Rio de Janeiro, agosto de 2009
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