quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O BEIJO E O POEMA






como amantes que se beijam
Jorge de Sena contracenou comigo
no mordiscar excitante do poema

excitantes hesitantes
florescem palavras e despertam frases

poesia é como beijo tudo que do lábio se deseja

um improviso no rastro brilhante de seu canto
suspira na memória genética da recriação

são melodias esquecidas
dormentes
que desembarcam dos sonhos
e voltam a cantar
como o beijo

"...é beijo tudo que de lábios seja
quando de lábios se deseja."



Versos finais de "Beijo", em "Tormentas", do poeta que citei.


Rio de Janeiro, agosto de 2009




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