cada palavra é o universo inteiro
fonte de onde a água flui
de rústico penedo
sede
de todos os meus medos
cada palavra atrás de erros
segue
meus erros
e finda a vida quase
ansiosa
do sutil entendimento
procuram-se palavras
onde a alma hesita
vaga
nesta selva escura
em busca do sentido
do que é onde quer que exista
a palavra maior que o mundo
capaz de decifrar todo o segredo
do meu degredo
a este abismo fundo
palavra que procuro
entre amigos
ou a sós comigo
onde estás?
o tempo faltará
e nada contará o vento
Rio, janeiro de 2010
Faltam-me palavras, para dizer da beleza deste poema, Flávio. Que poema.
ResponderExcluirbeijo, bom final de semana.
Nydia
Nydia,
ResponderExcluirObrigado. Sua apreciação positiva sobre o que escrevo, mesmo nos momentos de dúvida essencial como a que me agride recentemente, ajudam-me a superá-la. Por outro lado, a leitura das delicadas tecituras dos seus poemas encantam-me pela facilidade com que você consegue combinar sentido e forma. Têm estado lindos!