não me engana a morte
nem me tenta a sorte
e sendo isso tão certo
vivo de muito sentir
diante do espelho embaçado
vejo quem deve morrer
mas vive por muito querer
porque penei nem sei
peno sem razão
só me fere o coração
mas tenho medo confesso
de amar o que desconheço
obrigado pelo destino
e pela sorte ao avesso
começo por onde termino
termino quando começo
vivo sem desenganos
conheço todos os danos
nasci para amar viver
para renascer e morrer
não tenho horror de morrer
o que temo é deixar de viver
Rio, janeiro de 2010
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