sábado, 13 de fevereiro de 2010

ESTRANHEZA









estranho o ofício do verso
a buscar em vão
o que está à mão

o poeta pressente a dor
a morte e o perigo
vive os tormentos do amor

estranho trazer comigo
essa percepção

é como se não soubesse
a música do vento

estranho o vento
entre a poeira e o sono
onde não entra a razão

estranho escrever em versos


Rio, fevereiro de 2010






3 comentários:

  1. Que beleza de poema, Flávio. Sim, o poeta pressente, sobretudo o verso. Abraços.

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  2. Nydia e Filipe continuam meus leitores, o que me lisongeia. Obrigado sempre pela inspiração que me trazem...

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