não quero a noite que não finda
o adeus do sol que me aquece
a solidão de anjo triste
não quero o desencanto
do sonho que acabou
do pranto que cessou
não não quero
quero o dia
quero o ritmo
quero a flauta e a melodia
quero a saudade
quero horas sem fim
à espera do perene desafio
quero a luz que de meus olhos irradia
o amor que permanece a tua espera
Rio, março de 2010
[uma quase alegação final... licita urgência]
ResponderExcluirum imenso abraço, Flávio
Leonardo B.
Leonardo,
ResponderExcluirTeu comentário tão hermético me agrada no que vem de ti e de tua cultura, que é a minha, embora não vivida. Sou brasileiro, mas meu poema nem tanto; aqui convivem outros ventos de tantas origens do que resulta a leveza que não tenho. Meu lirismo onde está presente tem tua terra na concepção, mas tampouco é português. Sinto, mas penso quando escrevo. Abraço tão grande quanto o teu imenso, Flávio