sábado, 27 de março de 2010

FANTASIA "impromptus"







não quero a noite que não finda
o adeus do sol que me aquece
a solidão de anjo triste
não quero o desencanto
do sonho que acabou
do pranto que cessou
não não quero

quero o dia
quero o ritmo
quero a flauta e a melodia
quero a saudade
quero horas sem fim
à espera do perene desafio

quero a luz que de meus olhos irradia
o amor que permanece a tua espera

Rio, março de 2010



2 comentários:

  1. [uma quase alegação final... licita urgência]

    um imenso abraço, Flávio

    Leonardo B.

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  2. Leonardo,
    Teu comentário tão hermético me agrada no que vem de ti e de tua cultura, que é a minha, embora não vivida. Sou brasileiro, mas meu poema nem tanto; aqui convivem outros ventos de tantas origens do que resulta a leveza que não tenho. Meu lirismo onde está presente tem tua terra na concepção, mas tampouco é português. Sinto, mas penso quando escrevo. Abraço tão grande quanto o teu imenso, Flávio

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