quinta-feira, 4 de março de 2010

PAIXÃO








não sei que vida eu deixar não quero
se a que tenho ou a que sonho
e não sei qual delas vive neste verso

transitório sou neste dia claro
que o vento sopra
e a noite vem

mas a alma que encontrou prazer
não abandona o corpo incerto
em meio da paixão

nada temo enquanto existo
o tempo passa
e tudo é isto

NYC, março de 2009



3 comentários:

  1. Também quase não consigo mais distinguir entre a vida que tenho e a que sonho, Flávio. Também não sei qual delas transparece nos meus versos. Tudo é isto e isto é tudo. Ou não. :)

    Beijo.

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  2. Lindos os versos dessa tua paixão.
    Tão delicada a construção do poema que se faz presente e forte, enquanto é.
    Abs

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  3. Ou isto ou aquilo, já dizia Cecília Meireles.
    Eu prefiro ficar com tudo isto E mais aquilo.

    Beijo, com carinho.

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