assolado o infinito sem tempo é medida do que não há
nesta realidade cerceada rente a muros de incerteza
imortal instante isolado
o momento não vivido
é passado de futuro incerto
presente confinado à consciência
de que agora ontem tem outras cores
e é outra história
encantados entre números e suposições
o universo e a eternidade cruzam-se
para desmentir o visível
na distância imensurável dos anos-luz
encontro olhos que se indagam
mutuamente
em busca do que parece
a razão irracional dos templos
de tudo resta-me a luz de amores intangíveis
e o quanto penso
enquanto o sol me acaricia
como instrumento do que talvez seja a alegria
Rio, junho de 2010
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