esta noite durmo inquieto
porque nada do que dissestes
parece tudo
sei que procuro a idéia impossível
do recíproco
no deserto de todos os ecos
de meu sonho de identidades
nada é igual
nem sobrevive à aridez dos sentimentos contrastantes
que posso eu se não me respondes?
que sonhar na ausência do ar
onde voar?
minhas asas são imensamente curtas
para tão seca atmosfera
meu grito não ecoa
sinto-me só
São Paulo, 19 de setembro de 2010
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