quarta-feira, 1 de junho de 2011

PRECIPÍCIO



‎[improviso] Para o poeta Filipe Couto




nenhum amor beira o precipício
nem um precipício vale tanto amor
nunca perguntei porque amava
nunca amei sem me perguntar


na minha vida ainda inacabada
o amor chegou
o amor partiu
por pontes altas sempre no abismo
o precipício nunca aconteceu...




Rio, maio de 2011




Nota: poemeto de improviso para refletir sobre a bela letra de 






Só Amor

"Se é amor o que faz sentar
à beira do precipício
e esperar, como pescador,

sem saber como, nem quando,
nem donde virá teu sorriso;

então, é amor

(só amor)o que sinto."





Terceira idéia [de novo, de minha lavra, ainda atado ao que diz Filipe]:



PESCADOR



fui pescador 
tudo era claro

muito gozei
naquilo que pequei
muito esperei
em quem eu muito amei

nunca dormi sobre o abismo
nem por amor nem por pecador
pequei e fui pescado
tudo ganhei
tudo perdi
mas hoje sei
eu fui bem amado

Rio, maio de 2011








Um comentário:

  1. Meu amigo, "Pescador" é, sem dúvida, um belo poema. Mas "Precipício" me emocionou de uma forma contagiante.

    Que reflexão bonita, que construção bem cuidada, que imagens cheias de impacto, Flávio!

    O que eu queria dizer é que eu gostei demais desse seu poema, e saber que, de alguma forma, o "Só Amor" contribuiu para despertá-lo em você é muitíssimo gratificante!

    Vida loga às suas palavras!

    Um abraço saudoso!

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